O CONTEXTO DO PROJETO
Salvador de Bahia é conhecida por sua vida doce, suas lindas praias, e como o
berço da cultura afro-brasileira. Mas também é um palco de muitas desigualdades sociais que abandonam toda uma parcela da população à precariedade. Especialmente nos bairros populares, reconhecemos a ausência de um Estado democrático de direito. com todas as consequências que isso implica, em particular a violência e o medo.
Engenho Velho da Federação, bairro popular localizado entre duas importantes avenidas da cidade - a Vasco da Gama e Cardeal da Silva, faz parte dessa dura realidade. Com uma população de aproximadamente 25 mil pessoas, figura como um bairro violento de Salvador. Aqui, crianças e jovens vivem em um cenário de violência, onde as famílias arriscam seus filhos e filhas brincar nas ruas, ou preferem as trancar em casa por medo de uma nova cena de violência.
Bairro reconhecido como comunidade de resistência negra, onde encontram-se pelo menos 19 terreiros de candomblé, um berço ancestral que acomoda as mais diversas nações afro-religiosas, proporcionando o diálogo entre as mãos e as vozes que invocam a ancestralidade sempre andaram juntas, para relembrar e afirmar que o Engenho Velho é um Quilombo urbano.
O projeto Vai Chegar propõe a criação de um Centro Cultural no bairro, afim de oferecer aos jovens um espaço, fora da rua, no qual terão acesso a uma aprendizagem artística. Vai Chegar deseja trazer às crianças do bairro um espaço onde cada um poderá encontrar sua autoconfiança, através de atividades artísticas que desenvolvem, entre outros, a escuta, a tolerância ou ainda mais a colaboração, valores humanas que ajudam as crianças a se realizarem pessoalmente.
Engenho Velho da Federação, bairro popular localizado entre duas importantes avenidas da cidade - a Vasco da Gama e Cardeal da Silva, faz parte dessa dura realidade. Com uma população de aproximadamente 25 mil pessoas, figura como um bairro violento de Salvador. Aqui, crianças e jovens vivem em um cenário de violência, onde as famílias arriscam seus filhos e filhas brincar nas ruas, ou preferem as trancar em casa por medo de uma nova cena de violência.
Bairro reconhecido como comunidade de resistência negra, onde encontram-se pelo menos 19 terreiros de candomblé, um berço ancestral que acomoda as mais diversas nações afro-religiosas, proporcionando o diálogo entre as mãos e as vozes que invocam a ancestralidade sempre andaram juntas, para relembrar e afirmar que o Engenho Velho é um Quilombo urbano.
O projeto Vai Chegar propõe a criação de um Centro Cultural no bairro, afim de oferecer aos jovens um espaço, fora da rua, no qual terão acesso a uma aprendizagem artística. Vai Chegar deseja trazer às crianças do bairro um espaço onde cada um poderá encontrar sua autoconfiança, através de atividades artísticas que desenvolvem, entre outros, a escuta, a tolerância ou ainda mais a colaboração, valores humanas que ajudam as crianças a se realizarem pessoalmente.
O IDEALIZADOR DO PROJETO
Com seu jeito discreto e sensível, o baterista Tedy Santana construiu
profissionalmente seu estilo, buscou seu diferencial já na montagem de
seu instrumento e na linguagem musical percussiva, fortemente
influenciada pelos ritmos africanos e brasileiros. Nascido e criado no
Engenho Velho da Federação, bairro popular da cidade do Salvador, ainda
quando menino Tedy tomou gosto pela música por influência das canções
que seu pai ouvia em casa e da rádio comunitária local, que chamava sua
atenção pela diversidade do repertório que tocava samba, canções
nacionais e internacionais, porém sempre ao gosto do dono, o impecável
Sr. Vivi das Palmeiras. Foram marcantes também para Tedy, as cantigas e
toques percussivos que vinham de um antigo terreiro de candomblé ao lado
de sua casa, que despertaram curiosidades rítmicas. Iniciou-se na
bateria seguindo as orientações do ilustre amigo Jonas, morador do
bairro até hoje.
Uma carreira prestigiosa
Ao longo de sua carreira acompanhou artistas como entre outros, Roberto Mendes, Lazzo Matumbi, Lucas Santtana, Geraldo Azevedo, Márcia Short, Claudia Moura, Sharith, Laurinha, Tri-Bahia, Upa Neguinho, Batifum, Jeremias, Iyexá, Banda Inter, Canibais, Jorge Zarath, Toinho Neto, Roberto Patiño, Alaor Macedo, Magary Lordy, Carlos Villela, Raimundo Sodré, Jau, Carlos Pitta, Sarajane, Juliana Ribeiro, Afrodisíaco, Flávio Assis, Grupo Kamaloka, Marco de Carvalho, Carla Quadros, Cesar Michilles, Silvinha Torres, Marilda Santana e Simone Moreno, entre outros. |
Foi também um dos idealizadores do grupo percussivo Kissukilas. Músico
convidado para a gravação do CD "Marinês e sua gente", participou com
Alceu Valença, Chico César, Lenine, Margareth Menezes, Genival Lacerda,
Dominguinhos, Zé Ramalho e Ney Matogrosso. Participou de festivais na
Europa com Elba Ramalho, Gary Willis, Companhia Brasil Brasil, Roberto
Mendes e Munir Hossn.
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Tambour du Prince
Recentemente (em 2016), Tedy ilustrou estes ricos intercâmbios musicais, com a realização do seu primeiro álbum, “Tambour du Prince”, em parceria com seu grande amigo multi-instrumentista Munir Hossn e a participação de músicos dos quatros cantos do mundo.
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Tedy Santana, artista engajado
Sua carreira internacional não o faz esquecer seu bairro, no qual ele sempre teve uma ligação e um papel social importante. Tedy quer retribuir o que recebeu durante sua carreira. Já formou várias crianças, hoje bateristas. Pelo fato da bateria ser um instrumento de difícil acesso, teve a ideia de construir tambores, a fim de sensibilizar os mais jovens. O pedido sendo tão consequente, a criação de um espaço de acolhimento se tornou rapidamente indispensável para o tamanho do projeto.
Sua carreira internacional não o faz esquecer seu bairro, no qual ele sempre teve uma ligação e um papel social importante. Tedy quer retribuir o que recebeu durante sua carreira. Já formou várias crianças, hoje bateristas. Pelo fato da bateria ser um instrumento de difícil acesso, teve a ideia de construir tambores, a fim de sensibilizar os mais jovens. O pedido sendo tão consequente, a criação de um espaço de acolhimento se tornou rapidamente indispensável para o tamanho do projeto.
A ASSOCIAÇÃO "OFICINA DAS ARTES"
Em 2018, é criada a Associação Oficinas das Artes, com a chegada de outras pessoas, de dentro e de fora do bairro, interessadas em fortalecer o elo já criado. Assim os trabalhos com os jovens além de ocorrerem de forma regular, ganham uma maior organização.
Em 2019, a associação recebe o certificado "Ponto de cultura" da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Diretoria de Cidadania Cultural da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura,
A Associação pauta-se pela crença de que a arte e a cultura compartilhada têm um papel humanizador a desempenhar perante os desafios contemporâneos e que os jovens representam o futuro. A ideia de formação, de desenvolvimento do pensamento crítico são, portanto, uma preocupação constante nas atividades promovidas.
Acreditamos na vocação propositiva que as instituições culturais podem ter, instigando a mudança social em prol de um desenvolvimento integral dos indivíduos. Estabelecendo um trabalho de parceria com artistas, famílias e comunidade.
Em 2019, a associação recebe o certificado "Ponto de cultura" da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Diretoria de Cidadania Cultural da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura,
A Associação pauta-se pela crença de que a arte e a cultura compartilhada têm um papel humanizador a desempenhar perante os desafios contemporâneos e que os jovens representam o futuro. A ideia de formação, de desenvolvimento do pensamento crítico são, portanto, uma preocupação constante nas atividades promovidas.
Acreditamos na vocação propositiva que as instituições culturais podem ter, instigando a mudança social em prol de um desenvolvimento integral dos indivíduos. Estabelecendo um trabalho de parceria com artistas, famílias e comunidade.